Partimos às 7:40 mas ainda assim deu tempo para descobrirmos mais um pouco de Beijing. Saímos do hostel pelas 6 da manhã para apanhar o metro até à estação de comboio. O dia já raiava e na Avenida Beichizi as lojas e restaurantes começavam a abrir. Ou melhor, abriam-se as portas desses espaços multiusos onde os seus donos também dormem. Vivem. As portas abrem-se para a rua e aí lavam-se os dentes, lava-se a roupa, cozinha-se, e tudo o que o espaço interior não comporta. Alguns parecem apenas buracos na parede. Percebi então a razão da quantidade de quartos de banho públicos e a placa, que tinha visto no dia anterior, com o esquema das localizações. A um quarteirão da Cidade Proibida o modo de vida está ainda bem distante dos nossos padrões de conforto, e higiene. Suspeitámos que existem zonas onde pode ser pior. Mas por outro lado, aqui tudo nos pareceu pacífico e seguro. Ao longo de toda a avenida as bicicletas (para nós apenas bicicletas muito velhas, mas para eles o seu único meio de transporte) estavam apenas encostadas às árvores ou estacionadas nas baias. Sem correntes nem cadeados. Ao que parece a omnipresente força policial e militar afinal produz efeito ainda que muitos dos seus agentes sejam adolescentes imberbes cujo perímetro ilíaco será inferior ao da maioria das top models.
Passámos mais um controlo de segurança no metro e outro na estação. Dirigimo-nos ao hall indicado nos painéis e encontrámos a porta de acesso à plataforma. Se por acaso não entendêssemos as indicações bastava seguir todos os outros turistas. Foi aqui que os encontrámos todos. Algum pessoal novo, com ar de
gap year, mas não só. Uma excursão de reformados franceses, raparigas sozinhas, famílias inter-raciais, famílias com três crianças, um casal com um grupo de amigos e o seu bebé de 6 meses. Todos com um saco de farnel e um brilhozinho nos olhos.
6:20 a.m. - Beijing Train Station
K23 - Linha 2
Cabine de 2ª classe (chamam-na hard sleeper) para 4 passageiros.
(!)
Montanhas na China (são tal e qual as que aparecem nas pinturas e gravuras!)
Paisagem na China
Jantar chinês. Água a ferver, 3 minutos e um pacotinho de pós coloridos.
Mudança de rodas na fronteira da China para poderem andar nos carris da Mongólia.
Carruagem-restaurante da Mongólia.
Borguio (ou lá como se diz!), cerveja mongol de meio litro.
Brunch.
Paisagem na Mongólia.
O primeiro gher!
A minha foto favorita do comboio.
Homenagem ao cosmonauta mongol em Choyr.
E ao fim da curva, Ulanbataar!!
Transfer estação-hostel.
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