Fuji-San

 
Não foi a vista ou sequer a caminhada, foi o seu estatuto de ícone que fez incluí-lo no nosso percurso. O Fuji-San, sendo a montanha mais alta do Japão (3776 m), tem associado um significado sagrado que o torna um verdadeiro local de peregrinação. A sua imagem é altamente icónica e o fascínio que exerce reflete-se na romaria de centenas de milhares de peregrinos que ascendem ao topo em cada época. O resultado deste caminho muito repetido é uma erosão significativa ao longo de todo o trajecto e cujas obras de contenção fazem questão de sublinhar.

A norte do Monte Fuji existe um conjunto de cinco lagos que proporcionam vistas agradáveis quando as abertas nas nuvens assim o permitem, mas na zona da montanha acima dos 2500 m a floresta desaparece abruptamente dando lugar a uma massa rochosa desprovida de vegetação. Na época aberta à ascensão a montanha é desoladora, sem a atenuante do manto de neve que durante nove meses encobre as feridas abertas pelo trilho. Ainda assim, a experiência de ascensão ao cume é gratificante.

Apesar de o programa mais aconselhado, e bastante popular, ser o de subir durante o dia, pernoitar nos refúgios perto do cume, ver o nascer do sol e fazer a descida no dia seguinte, optámos por subir bem cedo e regressar ao fim da tarde. A base da expedição foi Kawagochiko, de onde sai um autocarro que deixou-nos na 5ª estação, aos 2305 m. Fizemos o trilho Yoshida e na subida encontrámos peregrinos, ou incautos, dos 8(-) aos 80(+). A ascensão não é demasiado difícil mas sempre são 1500 m que depois de subir é preciso descer.

 
comboio Otsuki-Kawagochiko
Kawagochiko ao pôr do sol
Fuji-San ao nascer do sol
5ª estação do Monte Fuji
 
10ª e última estação
cratera no cume